quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Ficção Vs. Realidade

      Os limites entre a ficção e a realidade, muitas vezes, são de difícil precisão. Quem já não esteve tão envolvido em circunstâncias inusitadas que, no final, terminaram com um despertar de sonho?
      Falo (ou melhor, escrevo) depois de reler o prefácio de um livro de W. S. Cervé. "Lemúria, o Continente Perdido do Pacífico".
      Minha idéia inicial era relatar a experiência da leitura e seu efeito no dia a dia de uma pessoa, no caso, eu.
     O assunto do livro fez parte de meus interesses juvenis. E lá se vão algumas décadas. Decidi reler a obra como que por um impulso. Talvez saudoso dos 'bons tempos passados'. Coisa de quem vê como testemunha a modernidade atropelando sentimentos.
       Tá aí! Um dos efeitos da leitura de um livro - reviver sentimentos, fixados em palavras cuidadosamente encadeadas.
       Depois de um breve momento de lembranças (e após afastar a poeira das páginas), deixo de lado o sentimento e volto a acionar minha racionalidade habitual.
       O livro foi finalizado em 1931. Nele o autor fala de sua fonte inspiradora - alguns arquivos secretos do Tibete e da China, entregues por misteriosos representantes de movimentos espirituais orientais, também secretos.
       O autor prossegue dizendo que os espiritualistas misteriosos tinham por objetivo entregar os manuscritos aos modernos editores da época. Eram tradições antigas que narravam a história de um continente perdido chamado Lemúria.
       Outra constatação: Um livro é capaz de eternizar tradições. Aqueles orientais tinham em mente revelar conceitos antigos aos homens e mulheres de hoje. E não importa qual 'hoje'. O passado se torna atual nas páginas de um livro.
        Depois destas constatações, retorno às páginas do meu atual livro e me envolvo com ele. O que será que suas páginas me reservam para o restante desta noite antes de eu dormir?

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